Há alguns anos atrás...
não poucos mas muitos,
eu compartilharia por certo
do mesmo tipo de pensamento.
Que pensamento é este?
Eu digo:
considerar uma sujeira,
algo nojento ,
que deve ser evitado,
a todo custo.
A saber:
proferir o nome de Cristo.
Fala-se do diabo à rodo,
E ninguém se importa.
De crimes, assassinatos,
de vícios, de mentiras,
de tudo enfim,
que tem sido aprovado,
não certamente,
quando a coisa descamba
para o nosso lado.
Mas quanto ao cristão:
“FIQUE CALADO!”
“Não imponha credo”
Tem sido o decreto.
Mas quem disse que falar de Deus,
de amor, do bem, de Jesus Cristo,
é desrespeitar o próximo,
ofender a liberdade,
ser chato, inconveniente,
para não se dizer... ultrajante!
Mas que mundo é este meu Deus?
“É o mesmo de sempre, Ele responde.
O mundo do homem
que eu criei e amei
e que me odeia em troca,
que zomba da minha Palavra,
dos meus mandamentos,
porque na verdade
rejeita o meu governo.”
Um governo de amor,
paz e pureza,
um governo na alma,
sem nada impor,
porque não é amor,
o que não for voluntário.
Mas e aí Deus querido!
O que fazemos diante desse quadro!
“Simplesmente o mesmo que eu faço.”
Ele responderia.
“Continue amando os que me odeiam,
Tal como você também me odiou no passado.
E agora não é meu amigo?
Tendo sido lavado no sangue de Cristo?
Ele pagou o preço do meu juízo
sobre a tua iniqüidade,
morrendo e sofrendo no teu lugar
para que eu pudesse te perdoar.
Vai então agora e faz o mesmo.
Continue suportando as injúrias,
as afrontas, porque afinal
não são poucos os que caem em si,
buscando lugar de arrependimento.
E a nenhum deles eu rejeitarei,
porque deles me compadeço.
Sei que são assim por natureza,
E por isso uso de misericórdia.
Quer uma prova maior de amor
do que a que foi dada,
lhes dando o Meu Filho Amado
para carregar os seus pecados?”
E quanto Deus poderia falar
em sua própria defesa.
Mas fica como que calado
suportando as injúrias,
as ofensas diárias,
que muitos, e não poucos,
fazem em nome do bem,
da garantia de direitos,
da liberdade.
Mas que bem e liberdade
há em ser inimigo de Deus,
da verdade, da justiça,
do amor e da santidade?
Todavia, Deus nos tem dado a ordem
de continuar anunciando o evangelho.
A oferta da justiça de Cristo,
Para cobrir todas estas ofensas,
de que temos falado,
E de tantas outras,
que me faltaria o espaço.
Não por sermos juízes,
da consciência alheia.
Não por sermos
palmatória do mundo.
Mas falamos para aqueles
que são os homens de boa vontade.
Que ouvem a mensagem do evangelho
e reconhecem que ela é a verdade.
Quanto aos que resistem,
que continuem resistindo,
se assim o desejarem.
Afinal têm este direito,
e até mesmo o de não ouvir
aquilo que Deus está falando.
Todavia isto lhes será requerido,
no Dia do Grande Juízo.
Não sou eu que o digo,
Só repito o que a Bíblia fala.
Agora dizer que
por ter sido convidado
a entregar seu coração a Cristo...
veja bem: apenas convidado.
Que isto é invasão de direito.
Que é desrespeito descarado.
É uma grande injustiça,
porque afinal tudo neste mundo,
inclusive todas as pessoas,
é propriedade de Deus.
E agora, Ele vai ter também que aceitar
que não pode falar em qualquer lugar!
Porque afinal minha gente,
nada é nosso e nada daqui
levaremos na nossa morte.
E que direito eu teria de impedir o dono,
de exercer o Seu direito
sobre tudo aquilo que Lhe pertence?
Vou tentar expulsá-lo da Sua propriedade?
O mundo sempre foi o mesmo,
porque o homem é também o mesmo.
Mas como Deus tem sido gracioso
para conosco, na verdade,
para com todos.
Vamos seguindo em frente,
Levando a mensagem
que Ele nos ordenou
que fosse pregada a todos,
e em todos os lugares,
ainda que nos joguem pedras,
tentem calar nossas bocas,
quebrar nossas canetas
(ou melhor: teclados).
Vamos em frente, e preguemos
de cima dos telhados.
Para que todos ouçam e vejam,
e uns poucos se convertam,
como sempre tem sido,
é um inegável fato.
Deus deseja que todos se salvem.
Todavia sempre será a expressão
do Seu desejo.
Ele já o sabe, e o tem declarado na Bíblia.
Ele quer amigos, e não falsos.
Quer filhos e não bastardos.
Quer amar e ser amado.
Quem tem ouvidos ouça.
Quem não tem,
não está sendo obrigado a ouvir,
e nem está sendo julgado,
nem pelo próprio Cristo,
neste presente tempo,
da Sua paciência, misericórdia,
e longanimidade.
Mas vem se aproximando o Dia,
O grande e terrível Dia,
Do Seu julgamento.
A misericórdia e a graça,
Já não serão oferecidas.
Felizes aqueles que ouviram,
e que entenderam e praticaram
tudo o que lhes foi ordenado.
A Bíblia está aí,
ao alcance da mão e do coração.
Naquele Dia ela será aberta,
para julgar e condenar,
todos aqueles que a desprezaram,
e que se recusaram a ouvi-la.
Mas, uma vez mais lembramos.
Não é este o desejo divino.
Tem esperado com paciência,
que nos arrependamos
e creiamos em Cristo.